Doner Kebap e o museu judáico

Ontem a noite o jantar foi um prato turco: Doner Kebap com batata frita. É tipo uma massa assada recheiada com (MUITA)carne e verduras. E é grande! Quase nao aguentei comer um todo! Dona Gerlach mesmo deixou quase a metade!

Hoje tinha um novo aluno na sala, o Médico John. Ele é americano (mais um... :( ). Vai ficar apenas 1 semana pra vê se vale a pena.

Depois da aula eu pretendia visitar o bairro Tiergarten. Só que quando eu cheguei na estacao Hassliches Tor, eu vi uma plaquinha escrito Jüdisches Museum Berlim (= Museu judáico de Berlim)! Fui direto prá lá :)

O museu fala da história dos judeus e tem uma parte dele que fala sobre o holocausto. Essa parte foi construída mais ou menos recentemente e o projeto é bem caótico, mas muito bonito. A entrada custa 5 euros (2,5 pra estudantes). Antes de pagar a entrada você passa por um detector de metal. Logo depois, se você tiver com alguma bolsa, ela tem que ser pequena (tem uma caixinha onde você pode colocar a bolsa pra vê se é suficientemente pequena). Caso contrário, você deve guardá-la num guarda bolsas que fica do lado esquerdo (gratuito).

A intencao do arquiteto era passar a idéia de solidao que os judeus sentiam na época da segunda guerra mundial. E realmente você sente issso. Assim que você desce a escada que dá acesso ao museu, você se depara com um corredor que logo a frente é cortado por outro. No mapa do museu, eles chamam os corredores de eixos. Existem 3 eixos: o eixo da continuidade, o do exílio e o do holocausto. O eixo do holocausto corta os dois outros eixos, dando a idéia de que a história dos judeus foi interrompida mas que depois continuou. Nas paredes existem várias placas explicativas e mostruários de objetos históricos como passaportes, cartas, louca, etc.

No eixo do holocausto eu tive uma sensacao de peso nos ombros, acho que por causa da inclinacao que tem no corredor. No final do corredor tem uma porta que dá pra torre do holocausto. Um lugar frio, com uma pequena fonte de luz e com paredes bem altas. Voce consegue escutar o barulho do lado de fora mas nao consegue ver coisa alguma além de paredes. A intencao dessa torre é mostrar como os judeus se sentiam durante a segunda guerra. Eles viviam nas suas cidades mas nao podiam participar da sociedade, porque seriam identificados e perseguidos.

No final do eixo da continuidade, tem uma escada que dá acesso a uma exposicao permanente sobre a história judáica. Tem até uma árvore em que você pode escrever um desejo numa roman (eu sei que é com ~ mas eu nao posso usá-lo nos teclado daqui pra acentuar!) de papel e pendurá-lo na árvore (acho que é uma roman, vou confirmar no dicionário e se nao for eu corrijo :). A exposicao comeca no último andar e voce deve ir descendo pra acompanhar a história. No primeiro andar (último a ser visitado) tem um vao cheio de rostos de metal espalhados pelo chao. O visitante deve andar sobre os rostos. A impressao que me passou foi que eu tava pisando em pessoas, como se eu fosse um soldado nazista castigando os presos. Isso porque, cada vez que voce pisa nos rostos, o ruído dos metais batendo lembram gritos... vixe!

No final do corredor do exílio tem o jardim dos exilados. É um jardim quardado com várias colunas de base quadrada cheias de terras com árvores plantadas no topo. Eu nao captei qual era a mensagem que queriam passar com esse jardim, mas eu tirei uma foto da placa explicativa e vou tentar entender mais tarde :P

No final, como eu sempre tenho que esquecer alguma coisa, eu esqueci a minha bolsa no guarda bolsa. Ainda bem que eu nao precisei pagar para entrar e pegá-la de volta :P

O museu judáico fica perto da Mehringplatz, onde muita gente tem barracas e vendem comida ou roupas usadas. Achei uma mochila lá por 9 euros. Como ainda nao sei o precos das coisas por aqui, eu deixei pra comprar depois.


icc

P.S.: Uma coisa que eu esquecei de comentar: ontem, quando eu estava no shopping da Potsdamer Platz, um cara passou por mim, 2 veyes, cantando: "Schni, Schna, Schnappi..." :D